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Palmas, Paraná
Trata-se de uma Academia de Letras do Município de Palmas-PR, congrega escritores, Poetas, Pesquisadores, benfeitores da Educação e Cultura de Palmas. Pretende divulgar eventos, datas, livros, escritos em geral de acadêmicos e de colaboradores.

19 de set. de 2010

SOBRE LANÇAMENTO DO LIVRO DO VANDERLEI ROBERTO SILVA

Aconteceu, com sucesso, no último dia 15 de setembro, data natalícia de Vanderlei, o lançamento de seu livro, na Livraria Kayngangue. Lá estiveram seus familiares, amigos, empresários, políticos e representantes da Academia Palmense de Letras-APAL.


Eu fui agraciada com a primeira leitura da obra, uma vez que contribuí com a revisão ortográfica do mesmo e com o Posfácio. Tenho a dizer que quando o visitei na prisão me surpreendi com o seu estado de ânimo no ato da escritura, em sua alegria pelo término do livro. Confesso que encontrei um autor cheio de esperanças, alguém que aproveitou o tempo de sua liberdade cerceada para dedicar-se às leituras, para crescer espiritualmente, para voltar-se ao lado mais humano que existe dentro de nós e que nem sempre lembramos. Alguém que se superou.

Quando ele e o apresentou como “Projeto Cabrito inicia dia 10 de julho de 2010” e me contou sobre o que iria escrever, leu partes dele para mim, fiquei surpresa. Realmente se trata de uma obra escrita por alguém que se deu conta da roda viva em que sua vida se transformou, sempre priorizando o trabalho, a corrida desenfreada pelo ter, deixando de lado a si próprio, como um ser humano, criado por Deus para simplesmente “Ser Feliz”.

E, ainda, como esta “parada obrigatória”, nesta etapa de sua existência, o levou a questionar-se sobre o que fez consigo mesmo e com os que o amavam. Mas, como ele mesmo diz “Tudo tem um propósito, nada acontece por acaso”, se ali está alguma coisa ele deve aprender e que este aprendizado seja profícuo para sua vida. Ele tomou como inspiração, para sua escritura, o escritor italiano OG. Mandino, usou algumas citações e fez paráfrases.

Hoje, Vanderlei convive com pessoas tão iguais em nascimento, sendo todos filhos da criação Divina, mas tão diferentes em sua trajetória de vida. Aprendeu a ter paciência, a conviver com apenas o necessário, a deixar o supérfluo de lado, a compartilhar a vida, a ter piedade, compreensão, entendimento sobre as agruras da vida, na medida do possível e, principalmente a ouvir o outro sem julgá-lo.

Neste ato de ouvir, Vanderlei conheceu muitas histórias, histórias que poderiam ter sido diferentes, mas não foram. Histórias que nos assustam, mas nos mostram o quanto somos individualistas e não solidários, histórias que nos mostram uma história da sociedade que preferíamos não saber, talvez por isso fazemos ouvidos moucos.

Vanderlei se deu conta e nos mostra parcelas da miserabilidade do mundo, da sociedade injusta, diferenciadora e cruel. Da falta de carinho, de amor e cuidados para com nossas crianças e jovens que se desviam para o caminho da tragédia, como é o caso do caminho das drogas. Se deu conta da falta de oportunidades a todos eles, no momento que seria o certo em suas vidas. Se deu conta, enfim, o quanto foi abençoado por Deus e o quanto tem a agradecer pelos seus 37, quase 38 anos de vida.

Não guarda rancores, procura compreender os porquês. Procura sua liberdade como o reconhecimento de sua verdade. Mas guarda todos os conhecimentos que obteve com esse acontecimento terrível de sua vida. Aprendeu, principalmente, qual é o sentido verdadeiro da amizade desinteressada. Confirmou que o amor maior e o verdadeiro berço que nos acolhe, nos cuida, confia em nós e nos ama incondicionalmente é a FAMÍLIA!

Assim, a leitura e revisão de sua obra foram uma forma de reolhar o mundo a minha volta, de reolhar para mim mesma como parte de um coletivo que, como muitos, talvez eu queira ignorar. Por medo? Insegurança? Preguiça? Comodismo? Sabe-se lá quantas outras desculpas podemos dar. O fato é que vivemos em coletividade, deveríamos conviver, sermos uma comunidade, onde cada qual pode e deve saber que faz a diferença.

Acredito que agora Vanderlei sabe que faz a diferença quando age com a dignidade de um Ser Humano feito a imagem e semelhança do Criador e que não veio a este mundo a passeio. Aprendeu o valor e a verdade das palavras: amor, família, amizade, justiça, verdade, dignidade e, principalmente Liberdade!

Com certeza, dessa experiência não nasceu um santo, um pastor, ou algo do gênero, mas pode ter nascido e nasceu um novo homem e mais um escritor nessas terras do Pé vermelho!

EM NOME DA APAL E DA ALAP, PARABÉNS AO VANDERLEI PELO LIVRO E PELO SUCESSO NO LANÇAMENTO DE SUA OBRA!

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José de Araújo Bauer. Membro Fundador


José de Araújo Bauer nasceu a 30 de janeiro de 1911, em Palmas, Estado do Paraná. Filho de Henrique Bauer Sobrinho e Zulmira de Araújo Bauer. Foi casado com Maria de Lourdes Loyola Bauer (in memoriun). Cursou o primário na Escola Elementar dos Padres Franciscanos, em Palmas, Paraná. Exerceu inúmeras atividades, foi Empreiteiro Rural nos municípios de Palmas, Paraná e Água Doce, Santa Catarina; Peão de transporte de tropas de gado de Palmas a União da Vitória e de Palmas a Palmeira, Estado do Paraná; Balconista em União da Vitória e Jangada do Sul, Paraná; Agregado e Capataz de Fazenda no município de Água Doce, em Santa Catarina; Proprietário Agropecuarista, Criador da raça bovina Caracu, no município de Água Doce, Santa Catarina, desde 1960. Aprecia escrever, de suas atividades literárias destacam-se: Coletânea Usos e Costumes da Sociedade Campeira de Palmas nas Primeiras Cinco Décadas do Século XX (trabalho produzido para o Programa Nossa Terra, do Departamento de Educação da Prefeitura Municipal, 1997, conforme consta do Jornal O Palmense, n. 121, de 28 de junho de 1997; A Deligência , texto publicado no Jornal O Palmense, n. 121, de 28 de junho de 1997, p. 5 (Projeto Nossa Terra - Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Palmas, Paraná); Antônio Maciel de Araújo (Tonhá). Texto publicado no Jornal A Cidade de União da Vitória, edição 099, p. 5, de 23 de março de 2000; De Caminho de Tropas a Estrada de Rodagem in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 43-47; O primeiro Ônibus a Palmas in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 48-51; Prefeitos Municipais de Palmas in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 52-56 e Reminiscênicas... Histórias de Palmas emergindo da Memória (2001). Recebeu os títulos: Tropeiro de Palmas, em 11 de junho de 1999; Sócio Fundador do Centro Pastoral, Educacional e Assistencial “Dom Carlos” - CPEA; Certificado de Expositor, Primeiro lugar, Categoria reprodutor raça Caracu ‘Adão”, Feira do Parque Castelo Branco, em Curitiba, 1965. Certificado de Expositor, Primeiro lugar, Categoria Bezerros da Raça Caracu, Feira de Água Doce, Santa Catarina, 1984. Pertence às Associações: Clube União Recreativo Palmense, desde 1937; Cooperativa Agropecuária de Palmas, Paraná, hoje Cooperativa Agropecuária Mourãoense - COAMO; Sindicato Rural de Palmas, desde a fundação. Associação dos Criadores da Raça Caracu; Centro Pastoral, Educacional e Assistencial “Dom Carlos”, desde a criação e por vários anos. É Membro Fundador da Academia Palmense de Letras, fundada em 09 de novembro de 2000, ocupa a Cadeira Nº 15, Patrono José Antônio Alexandre Vieira.
Autor do Livro: “Reminiscências- História de Palmas”.




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