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Palmas, Paraná
Trata-se de uma Academia de Letras do Município de Palmas-PR, congrega escritores, Poetas, Pesquisadores, benfeitores da Educação e Cultura de Palmas. Pretende divulgar eventos, datas, livros, escritos em geral de acadêmicos e de colaboradores.

6 de jun. de 2012




HOMENAGEM PÓSTUMA A DOM AGOSTINHO JOSÉ SARTORI.

            Hoje, dia 06 de junho, Dom Agostinho deixa a vida física e parte para uma nova morada,  junto à Família do Divino CriAmor. Uma nova vida onde a dor e o sofrimento ficam para trás. Que Nossa Senhora o receba em seus braços, acalentando aquele que tanta fé lhe depositou.
            José Benito cumpriu uma grande missão nesta terra. Um menino que se mostrou precoce em sua decisão de abraçar o sacerdócio e o magistério das Leis Divinas para todos os homens de boa fé. “Até que Cristo se forme em todos”, foi o lema que escolheu para pastorear os diocesanos de uma vasta região de nosso sudoeste. E assim viveu, numa firme vontade de pregar o amor  cristão entre os homens.
            O menino Benito saiu de seu lar para o Seminário, antes dos dez anos de idade, dando o abraço de despedida à mãe, que que nunca mais viu, pois pouco tempo depois uma doença fatal a levou e a ele, distante, só restou a oração e a fé Naquele que tudo pode e que lhe ajudou e o levou adiante no propósito firme de servir.  Lhe ajudou a superar todos os obstáculos de uma caminhada de criança para a adolescência, para a juventude e para a velhice, acompanhando seus passos até a despedida final.
            Muito cedo o jovem Benito abraçou o sacerdócio tornando-se Frei Capuchinho, com uma longa trajetória de estudos e dedicação. Dedicação que o levou a grandes feitos, não só na área pastoral, religiosa, mas também à Educacional e área das comunicações.
O Frei se tornou Bispo da Diocese de Palmas - Francisco Beltrão, assim atuou até os 75 anos de idade, quando se tornou Bispo Emérito, sempre ativo naquilo que suas condições de saúde permitiam.  Aos poucos a enfermidade foi tirando algumas das atividades que ele mais gostava, entre elas a de oficiar sozinho uma Santa Missa e também a leitura.  Mas gostava de conversar e ouvir aqueles que o visitavam. 
Um dia antes de ir para o Hospital em Pato Branco eu estive com ele, senti que a hora era chegada, ele se mostrava bastante debilitado, lembrou muito a aparência de minha mãe em seus últimos dez dias de vida. Até comentei o fato com o Guilherme e a Iraci. Na ocasião, ele me conheceu e falou comigo, pedindo, como sempre, “onde está a Dona Iraci? O povo está pedindo por ela”. Na verdade o “povo” era ele,  queria sempre a presença constante daquela em que ele confiava e que cuidou dele com muito carinho, até o final, juntamente com outras pessoas que a ajudavam e que residiam no Palácio Episcopal. Acredito que todos, de alguma forma, fizeram o seu melhor por ele. Dom José sempre procurou oferecer os melhores cuidados médicos e o que foi possível fazer, foi feito.
Chegou a hora de se despedir e ele terminou sua missão. Uma missão que ultrapassou oito décadas, mas que foi cumprida com a fé daqueles que acreditam e tem esperanças num mundo melhor, mais voltado às coisas do espírito do que às coisas ligadas ao mundo material.
Cristo ainda deverá se formar em todos, haverá de chegar o dia em que os corações serão abertos e a humanidade abraçará os ensinamentos Daquele que por nós doou o que mais precioso tinha, a Sua Vida.
Cabe a nós fazer com que se cumpra esse lema, por menor que seja a parcela de nossa contribuição, ela será significativa para o futuro daqueles que virão depois de nós.
José Benito, Dom Agostinho, vá em paz. Sua passagem na terra não foi em brancas nuvens.
Fica a saudade eterna por parte daqueles que reconhecem a sua doação, com erros e acertos tão humanos como os de todos nós. Aprendi muito com Dom Agostinho e tenho muito a agradecer pela convivência de tantos anos com uma pessoa tão especial como ele. Tive o privilégio de longas conversas com ele, para escrever o seu livro, um verdadeiro presente que só acrescentou e enriqueceu minha vivência. Por isso me despeço dizendo, obrigada por tudo, D. Agostinho, descanse em paz! O Senhor agora vive em nossos corações, em nossa memória.
Lucy Bortolini Nazaro –Escritora (APAL e ALAP).

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José de Araújo Bauer. Membro Fundador


José de Araújo Bauer nasceu a 30 de janeiro de 1911, em Palmas, Estado do Paraná. Filho de Henrique Bauer Sobrinho e Zulmira de Araújo Bauer. Foi casado com Maria de Lourdes Loyola Bauer (in memoriun). Cursou o primário na Escola Elementar dos Padres Franciscanos, em Palmas, Paraná. Exerceu inúmeras atividades, foi Empreiteiro Rural nos municípios de Palmas, Paraná e Água Doce, Santa Catarina; Peão de transporte de tropas de gado de Palmas a União da Vitória e de Palmas a Palmeira, Estado do Paraná; Balconista em União da Vitória e Jangada do Sul, Paraná; Agregado e Capataz de Fazenda no município de Água Doce, em Santa Catarina; Proprietário Agropecuarista, Criador da raça bovina Caracu, no município de Água Doce, Santa Catarina, desde 1960. Aprecia escrever, de suas atividades literárias destacam-se: Coletânea Usos e Costumes da Sociedade Campeira de Palmas nas Primeiras Cinco Décadas do Século XX (trabalho produzido para o Programa Nossa Terra, do Departamento de Educação da Prefeitura Municipal, 1997, conforme consta do Jornal O Palmense, n. 121, de 28 de junho de 1997; A Deligência , texto publicado no Jornal O Palmense, n. 121, de 28 de junho de 1997, p. 5 (Projeto Nossa Terra - Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Palmas, Paraná); Antônio Maciel de Araújo (Tonhá). Texto publicado no Jornal A Cidade de União da Vitória, edição 099, p. 5, de 23 de março de 2000; De Caminho de Tropas a Estrada de Rodagem in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 43-47; O primeiro Ônibus a Palmas in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 48-51; Prefeitos Municipais de Palmas in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 52-56 e Reminiscênicas... Histórias de Palmas emergindo da Memória (2001). Recebeu os títulos: Tropeiro de Palmas, em 11 de junho de 1999; Sócio Fundador do Centro Pastoral, Educacional e Assistencial “Dom Carlos” - CPEA; Certificado de Expositor, Primeiro lugar, Categoria reprodutor raça Caracu ‘Adão”, Feira do Parque Castelo Branco, em Curitiba, 1965. Certificado de Expositor, Primeiro lugar, Categoria Bezerros da Raça Caracu, Feira de Água Doce, Santa Catarina, 1984. Pertence às Associações: Clube União Recreativo Palmense, desde 1937; Cooperativa Agropecuária de Palmas, Paraná, hoje Cooperativa Agropecuária Mourãoense - COAMO; Sindicato Rural de Palmas, desde a fundação. Associação dos Criadores da Raça Caracu; Centro Pastoral, Educacional e Assistencial “Dom Carlos”, desde a criação e por vários anos. É Membro Fundador da Academia Palmense de Letras, fundada em 09 de novembro de 2000, ocupa a Cadeira Nº 15, Patrono José Antônio Alexandre Vieira.
Autor do Livro: “Reminiscências- História de Palmas”.




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