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Palmas, Paraná
Trata-se de uma Academia de Letras do Município de Palmas-PR, congrega escritores, Poetas, Pesquisadores, benfeitores da Educação e Cultura de Palmas. Pretende divulgar eventos, datas, livros, escritos em geral de acadêmicos e de colaboradores.

10 de jul. de 2009

A Academia Palmense de Letras- está em Luto, hoje faleceu seu ilustre Confrade Dr. José Maria de Araújo Perpétuo. Membro Fundador



HOMENAGENS PÓSTUMAS AO DR. JOSÉ MARIA DE ARAÚJO PERPÉTUO

Membro Fundador e grande incentivador para a criação da APAL. Seu mais ilustre Confrade.

Estamos hoje prestando homenagens póstumas ao mais ilustre Confrade da Academia Palmense de Letras, Dr. José Maria de Araújo Perpétuo. Graças a ele, ao seu trabalho criativo, seu incentivo ímpar, trazendo o saudoso Presidente da Academia Paranaense de Letras, Dr. Túlio Vargas, no ano 2000, conseguimos criar a APAL.
Reconhecidamente é a ele que se deve a fundação de nossa Academia. É a ele a quem agradecemos neste dia, procurando palavras para lhe dizer o quanto somos reconhecidos em nome da cultura palmense.
Dr. José Maria esteve sempre à frente de muitas batalhas, em prol de causas humanitárias, em prol dos que precisavam de ajuda, qualquer que fosse a situação, ou classe social; lá estava ele, enfrentando e ajudando em tudo o que lhe fosse possível. Combateu o bom combate e hoje descansa junto aos heróis que assim também pautaram suas vidas.
O que representa Morrer para nós? Morrer para nós deve representar o retorno para nossa vida principal que é junto a Deus. Mas sabemos que é também deixar para trás grandes amizades, saudades de familiares e de toda uma vida plena de boas vivências.
Assim vemos Dr. José Maria de Araújo Perpétuo, hoje, alguém que retornou a Deus, alguém que foi muito especial para Palmas, que deixa saudades de familiares, grandes amizades, e a história de toda uma vida administrada em favor do semelhante, uma história de grandes aprendizados e vivências em nome do Divino Mestre, Jesus, alguém com uma vida plena de exemplos a serem seguidos.
Ao se despedir de nós leva com ele os seus atos, seus melhores sentimentos de ter feito o possível de acordo com suas limitações e deixa conosco toda uma trajetória de vida digna, bem vivida, segundo os preceitos divinos.
Dr. José Maria sempre demonstrou paciência e amor em suas ações, transmitiu seu amor ao próximo, aceitando suas dores e sofrimentos, tentando amenizá-las, através do seu ofício na medicina. Com certeza, ele buscou a intuição do alto, para o alívio de suas dores e conflitos internos, mas também das dores alheias. Ele buscou, encontrou e viveu os caminhos da misericórdia divina.
Não desistiu de seus sonhos, criou em volta dele uma luz Divina para ter sempre esperança, força para a luta e fé num amanhã melhor. E ensinou a evolução, como ser humano, através da caridade e do amor.
Dr. José Maria ficou conhecido como o médico também dos pobres. Nunca deixou de atender alguém por sua condição financeira. E, talvez, por essa vontade de ajudar o próximo, tenha entrado na política, onde, por duas gestões administrou nossa cidade. Aqui também deixou muitas marcas, que sobreviverão ao nosso tempo e ao tempo que virá depois dos que vierem após nós.
Quando olhamos para trás não vemos um Doutor, distanciado dos homens comuns, não vemos a soberba e a ganância permeando sua história, o que vemos é um homem, um ser humano acima dos normais, acima porque esqueceu-se de si em favor da causa que abraçou. Hoje nós o abraçamos, numa despedida que não é a final, sabemos que ele permanecerá em nossos corações, com as lembranças que nos deixa: Sua voz sempre calma, tranqüila, seu jeito de olhar, sempre nos nossos olhos, como alguém que enxerga além das aparências e entende nossas dores; o seu toque de mãos, suave, apertando outras mãos num cumprimento sincero e seguro. Seu jeito de andar, sem pressa, num compasso de quem sabe qual é o tom da música e o toque do relógio, que nunca pára, mesmo quando não temos tempo. Ele sabia esperar. Ele sempre soube que tudo tem um tempo certo, assim como o tempo dos nascimentos, incontáveis nascimentos que viram a luz através de suas mãos, as mãos abençoadas do médico que nasceu para ajudar.
O prêmio não é para quem começou bem, mas para quem persevera até o fim. Ele perseverou, enquanto pôde, esteve ao lado dos que os procuraram, atendendo-os, sempre com carinho e disposição.
O Médico, o político, o homem, era também um poeta. Alguém que pensava com a alma e com o coração. Alguém dedicado às Letras, e graças a isso ajudou a criar a Academia Palmense de Letras, da qual é membro fundador. Disse ele, em uma de suas poesias ao lajeado de Palmas:

LAJEADO

ONTEM, LÍMPIDO, POTÁVELONDE PODIA-SE NADAR EMPOÇOS TRANSLÚCIDOS COMPEIXES EM DELICADAS DANÇAS.Dizemos nós na Poesia de Lucy Nazaro:


Num longínquo tempo de Palmas
Em nossos campos gerais, vivia um menino
Mal sabia ele que viveria toda uma vida nesta terra vermelha.

Em sua alegria de infância espalhou sorrisos,
Viveu gestos e vontades, se fez jovem,
Pela primeira vez se ausentou de nós.

Uma universidade, um sonho, um dom
O transformaram no homem que para cá voltou
Nestes campos construiu seu ninho, uma família feliz
Com muito carinho, aqui ficou, trilhou seu caminho.

Um homem, um médico, um político, uma história
Plena de lutas, de sonhos, de glórias
Não a glória do poder ou do dinheiro
Mas a de uma mente maior, mente de pioneiro!

Um ser que passou, medicando almas e corpos
Ausenta-se novamente de nosso convívio
Agora não haverá uma universidade, é outro o seu caminho
Trilha nos campos do céu uma nova história.

Mas sua marca sobrevive com os louros da vitória
De quem soube fazer de sua vida uma vida especial
Mostrou que é um ser que brilha, até mesmo quando ausente
Agora se faz presente em nossos corações.
E sai da vida para se eternizar nos anais de nossos Campos Gerais.

Dorme agora o corpo do poeta, dorme com ele os sonhos,
As quimeras, as lutas nem sempre vencidas,
Dorme a poesia que também fechou os olhos neste dia
Para ouvir as lágrimas que caem de poemas feito pensamentos.

Todos os versos são seus, querido amigo de sempre,
De minha meninice faceira, passando em sua janela
Vendo você olhar o mundo que te procurava todos os dias
E você o abraçava como o amigo que chega de uma longa viagem.

Hoje os versos são seus, para nós fica a palavra seca
Da ausência forçada e mais um canto de amor
Ao amigo, ao pai, ao homem, ao Poeta adormecido
Que cantou a vida com a força de suas mãos
E fez dela a maior poesia, porque nascida do coração.

Palmas para Palmas que teve uma personalidade entre os seus!
A ele nossos aplausos, nossos cânticos, nossa lavra...
À Família nossos sentimentos sinceros e o reconhecimento pelo homem que representa para todos nós.
Dr. José Maria de Araújo Perpétuo. Que Deus o receba e o abrace com o mesmo carinho que abraçou o mundo, enquanto viveu.

Lucy Salete Bortolini Nazaro- Membro da Academia Palmense de Letras-APAL.



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José de Araújo Bauer. Membro Fundador


José de Araújo Bauer nasceu a 30 de janeiro de 1911, em Palmas, Estado do Paraná. Filho de Henrique Bauer Sobrinho e Zulmira de Araújo Bauer. Foi casado com Maria de Lourdes Loyola Bauer (in memoriun). Cursou o primário na Escola Elementar dos Padres Franciscanos, em Palmas, Paraná. Exerceu inúmeras atividades, foi Empreiteiro Rural nos municípios de Palmas, Paraná e Água Doce, Santa Catarina; Peão de transporte de tropas de gado de Palmas a União da Vitória e de Palmas a Palmeira, Estado do Paraná; Balconista em União da Vitória e Jangada do Sul, Paraná; Agregado e Capataz de Fazenda no município de Água Doce, em Santa Catarina; Proprietário Agropecuarista, Criador da raça bovina Caracu, no município de Água Doce, Santa Catarina, desde 1960. Aprecia escrever, de suas atividades literárias destacam-se: Coletânea Usos e Costumes da Sociedade Campeira de Palmas nas Primeiras Cinco Décadas do Século XX (trabalho produzido para o Programa Nossa Terra, do Departamento de Educação da Prefeitura Municipal, 1997, conforme consta do Jornal O Palmense, n. 121, de 28 de junho de 1997; A Deligência , texto publicado no Jornal O Palmense, n. 121, de 28 de junho de 1997, p. 5 (Projeto Nossa Terra - Departamento de Educação da Prefeitura Municipal de Palmas, Paraná); Antônio Maciel de Araújo (Tonhá). Texto publicado no Jornal A Cidade de União da Vitória, edição 099, p. 5, de 23 de março de 2000; De Caminho de Tropas a Estrada de Rodagem in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 43-47; O primeiro Ônibus a Palmas in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 48-51; Prefeitos Municipais de Palmas in Nazaro, Lucy Salete Bortolini. Uma história de fé, luta e garra de um povo. Palmas, Paraná: Kaingang, 1999, p. 52-56 e Reminiscênicas... Histórias de Palmas emergindo da Memória (2001). Recebeu os títulos: Tropeiro de Palmas, em 11 de junho de 1999; Sócio Fundador do Centro Pastoral, Educacional e Assistencial “Dom Carlos” - CPEA; Certificado de Expositor, Primeiro lugar, Categoria reprodutor raça Caracu ‘Adão”, Feira do Parque Castelo Branco, em Curitiba, 1965. Certificado de Expositor, Primeiro lugar, Categoria Bezerros da Raça Caracu, Feira de Água Doce, Santa Catarina, 1984. Pertence às Associações: Clube União Recreativo Palmense, desde 1937; Cooperativa Agropecuária de Palmas, Paraná, hoje Cooperativa Agropecuária Mourãoense - COAMO; Sindicato Rural de Palmas, desde a fundação. Associação dos Criadores da Raça Caracu; Centro Pastoral, Educacional e Assistencial “Dom Carlos”, desde a criação e por vários anos. É Membro Fundador da Academia Palmense de Letras, fundada em 09 de novembro de 2000, ocupa a Cadeira Nº 15, Patrono José Antônio Alexandre Vieira.
Autor do Livro: “Reminiscências- História de Palmas”.




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